terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Serras de Pias, Castiçal e Santa Justa

Prometia-nos um dia de chuvas e aguiaceiros intensos.
Em vez da Serra do Geres, fomos em busca de outros lugares.
Partindo junto ao Parque da Cidade de Valongo.
Toma-se inicialmente o percurso ecológico e mais adiante eventuramo-nos pelas matas de Santa Justa.
Era impressionante os imensos vestígios de trilobites, sentia-lhes 'o rasto'.
Sobe-se pelo Alto do Castelo, são muito apeteciveis as fragas aqui existentes.
Utilizando a ponte da linha do comboio, atravessa-se o rio Ferreira.
Caminhamos em busca do Alto da Serra de Pias (384 m). É um bellissimo cenário para parapente.
Desce-se até à povoação de Aguiar de Sousa.
Adiante é indescrítivel a enorme beleza dos quartzitos da Parque Natural da Sra do Salto e conseguimos perfeitamente ter a percepção das forças que as águas do agora rio Sousa exerceram (durante milhões de anos), para romper de tal forma tais materiais rochosos.
Após o açude, passa-se de novo o rio Sousa, avistando os vestígios da Torre local.
Atravessando o Vale de Torno éis a Serra do Castiçal (324 m).
Segue-se a aldeia de Belói, atravessando o rio Ferreira por último.
E passando pelas Fragas do Diabo, temos as azenhas: do Vicente, da Tucha e das Oliveiras -estamos em pleno Parque Paleozóico.
Tudo é encanto e beleza
exceptuando a estupidez da acção humana que insiste em poluir os nossos rios (em vez de os rentabilizar e tornar atrativos), deixando um péssimo odor nauzeabundo que paira no ar,
quebra-se o encanto
Incrivelmente ainda se veêm nestas beiras fluviais algumas garças, voando livremente; um encanto de formosura.
Estamos na bela aldeia de Couce. Paisagem magnífica. Nem dá para acreditar que estamos na zona metropolitana da segunda maior cidade portuguesa, isto se nos esquercermos da côr e do cheiro do rio Ferreira.
Era um dia de chuvas intensas e o leito do rio corria grande, agora imaginem em épocas de estio.
E éis o teste mais díficil do dia, a dura subida depois da povoação do Couce. Toma-se um caminho à esquerda, de calhaus e pedras soltas, até à torre de vigia na Serra de Santa Justa (266 m); km e meio com um ascendente impressionante.
Daqui se deslumbra mais à esquerda o antigo sanatório local.
Após as capelas da Santa Justa e Santa Rufina, chegamos por fim ao ex-líbris do dia - o Fojo das Pombas. Num a parte nunca vi fetos com tamanha envergadura.
Recorde-se de que toda a região tem um riquíssimo património mineiro; muitas delas antiguíssimas, como as minas romanas de ouro.
Talvez um dia me dedique à espeleologia, em busca do desconhecido.
Por fim, retoma-se o já anteriormente efectuado percurso ecológico, pelo parque da cidade, até ao início da trilha.

Um agradecimento muito especial ao meu guia e companheiro de aventura J.Preguiçoso.
Deve ter sido muito difícil me suportar.

2.562 metros de desnível acumulado
30,7 kms no total

Mais informações:
http://www.superinteressante.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=209:no-rasto-das-trilobites&catid=6:artigos&Itemid=80

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