segunda-feira, 13 de junho de 2011

Brandas da Peneda


Calcorreando nas serranias da Peneda.
Era Domingo.
Enquanto que a maioria vai aos banhos de sol, uns buscam a paz, a beleza e a serenidade por belos encantos serranos. Iniciamos nossa trilha na povoação de Rouças (Gavieira); objectivo realizar o Trilho das Brandas e inserir uns complementos. Toma-se marcha por um um antigo caminho ladeado de muros até à Branda de Gorbelas. É um cenário idílico; a serra começa absorver-nos com seus encantos e suas imponências. Segue-se a ímpar Branda de Seida, uma branda de gado ideal para uma boa pernoita em comunhão com a natureza; aproveitamos seu encanto para nos deliciarmos com nossas ementas (para mim sandes e fruta). Mais adiante surge-nos o grande Fojo de Seida (o chamado fojo da Pedrada, por muitos), Outeiro Maior e o Alto da Pedrada (1.416 metros de altitude e a maior elevação de toda a Serra da Peneda).
Do Alto da Pedrada a imagem é magnifica, avistando claramente, os Bicos do Soajo, o Vale do Rasmiscal e o seu fojo de paredes convergentes, os altos de Bragadela, Peneda, Mourim, Outeiro Alvo, o ensemble de Salas, o estradão das Sombras, os cornos da Fonte Fria e o ponto mais alto do norte de Portugal (a Nevosa, com os seus imponentes 1.545 m), para além do Vale do Homem. Mas nada deslumbra tanto como como as nascentes do Vez, com tojo perfeitamente 'plantado' e uma bela apresentação de blocos erráticos. Em todo este encanto é de notar a grande concentração de gado vacum e cavalum e de muitos membros novos - um paraíso muito apreciado pelos nossos muito defendidos canis lupus.
Ao longe avista-se lá para os lados das brandas de Lamelas/Gêmea uma águia, ao que me parece uma águia-de-bonelli .. Que Alegria.
Vai-se "afiando o dente" e entretanto estamos na Branda de Bosgalinhas, prontamente aproveitado para se retemperar algumas energias. E segue-se caminho para Tomão da Fraga. Como é maravilhoso se observar daqui a imponente cadeia de Fragas do Ramisquedo. Passando esta branda da Junqueira, éis que seguindo pelo antigo caminho, o mesmo se encontra completamente fechado por giestas e o qual desaconselho vivamente. Mas cumprimo-lo. Foram cerca de 600 metros muito sofrivéis até perto de Rouças.
E a aldeia era já ali.

Aproveitamos no final para ir ao cafézito local e meter dois dedos longos de conversa  com o proprietário, tema de conversa: essencialmete lobos.

E o Vamos Ali não pára, confraternizando com todos os amantes da natureza




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