domingo, 7 de novembro de 2010

Quedas da Fervença

Um cenário encantado em busca das nossas origens


Prometia-se um dia de sol...
Então querendo encantar a minha linda companhia, propus-me a levá-la a percorrer os muitos encantos das quedas da Fervença e o seu belissimo bosque envolvente .. e regressando às nossa origens indo às citânias de Sanfins e Padrão.


Conforme se previra o sol acordara radiante, tão belos eram os seus cintilantes raios que se atreviam a observar-nos por entre as folhagens das árvores. Ainda nem tinha penetrado em tão belo bosque e  o som que fazia o saltitar da água por entre as pedras já me estava a maravilhar, transportando-me para uma dimensão de liberdade.
Num ápice já junto de si, contemplava a sucessão de quedas que nesta zona da Fervença, o Rio Leça nos maravilha e prenda. Destaco também a grande diversidade e quantidade de cogumelos que podemos encontrar neste bosque. É tão grande a beleza de que se disfruta em tão belo bosque que não sinto digno de o descrever
convido-vos a o visitar e também se maravilharem
passadas as quedas temos que atravessar uma pequenina ponte que dizem ter vindo a ser utilizada já desde o tempo dos antigos romanos ... e chegamos a Pereiras.
Aqui junto à Serra Hidráulica de Pereiras, tomamos novo rumo em direcção à nascente do rio Leça. São muitos os cenários paisagisticos encontrados. Passo a passo, agora em terreno muito suave, daí ser também a zona de maior presença humana e a parte menos aprazivel de todo o percurso denvolvido. Já perto da nascente declinamos em direcção à Citânia de Sanfins e é onde também encontramos o ponto mais alto do dia (570 metros).
Aqui vivia um núcleo de bravos lusitanos. Seus guerreiros eram muitos conhecidos em toda a Hispânia
por serem habéis em emboscadas, observando e dominando , a partir daqui, todos os montes em redor. Destacam-se: uma habitação segundo as de se época, vários arruamentos, várias habitações secundárias, uma réplica do guerreiro lusitano e o belissimo balneário do castrejo.
Segue-se até à nascente do Rio Leça, e uma marcha razoável sem interesse turístico, Passa-se ao lado do Santuário da Nossa Senhora da Assunção e vamos de encontro a um caminho que nos leva até à capela de Nosso Senhor de Padrão.
Saindo daqui vêem-se logo escavações arqueológicas que pretendem mostar ao mundo parte da sua história. O castro do Monte Padrão é de especial importância e deve-se, sobretudo, à sua prolongada ocupação associada a um diversificado conjunto de estruturas, registando uma ocupação que se desenvolve no primeiro milénio a.c. até aos princípios da Idade Moderna.
Regressando à capela, retomamos o caminho abandonado, ao encontro das azenhas de Valinhas e suas levadas.
Entramos no carvalhal de Valinhas, local muito procurado para belos pequeniques e convívios em família. Claro, o cenário é belíssimo. E eu próprio já levei a minha família lá para um pequenique de um dia. Cuiriosamente, os moinhos seguintes estão num lastimável estado de conservação. De um abandono total. e de onde nem escapam às impiedosas silvas que cobrem por completo (e não é de agora, pois já conheço este cenário há alguns anos, infelizmente).
Seguem-se as azenhas da Fervença e um lagar de azeite (remodelado em 1950)
... mas é melhor nem comentar
(as imagens falar por si)
e uma  majestosa casa Senhorial.

1 comentário:

  1. Bela descrição, o nosso grupo tem pensado em fazer este percurso, mas estamos a pensar em começar nas Valinhas, cada descrição que vejo mais vontade tenho de fazer este percurso!
    Sabe dizer-me mais ou menos a duração do passeio? Obrigada.
    Só um aparte :) os povos pré-romanos que habitavam a norte do douro até à galiza não eram lusitanos mas sim outros povos de origem celta.
    Saudações, Ana

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